A tabela ECOTOXICOLOGIA
Esta tabela contém informação sobre a susceptibilidade do peixe a várias substâncias químicas e é medida pela concentração à qual, após um certo período, leva à morte de 50% dos peixes testados, i.e., concentração letal (LC50).
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Os peixes são geralmente utilizados para bioensaios |
Testes deste tipo são efectuados rotineiramente para verificar a toxicidade de vários químicos que são (serão) libertados no ambiente (daí ecotoxicologia) e os peixes são usados frequentemente nestes bioensaios. Estes são geralmente conduzidos por períodos de 24, 48 ou com mais frequentemente, 96 horas.
Esta tabela foi concebida por forma a retirar dessas experiências as características essenciais, como relatadas na literatura sobre este assunto, e consiste em 3 partes, que se referem a (i) o peixe, (ii) substâncias testadas e (iii) as condições experimentais e resultados. |
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Campos |
(i) Os campos que descrevem os espécimes de peixe utilizados como "cobaias" durante o teste:
Espécie e Família: O nome científico e afinidade do peixe testado; Número: é um campo numérico indicando o nº de indivíduos utilizados na experiência; Sexo: é um campo de escolha com as opções: fêmea, macho, desconhecido (defeito); Peso: Três campos numéricos, indicando o peso mínimo, máximo, médio ou moda (em g), do peixe utilizado nas experiências; Comprimento: é um campo numérico que indica o tamanho médio ou moda. O tipo de comprimento geralmente não é indicado na literatura de ecotoxicologia, e por isso é aqui omitido, quando disponível é indicado no campo comentários (ver abaixo); Estádio: é um campo de escolha que indica o estádio de desenvolvimento do peixe utilizado; as escolhas são: ovos; larvas; juvenis; adultos; juvenis/adultos (defeito); (ii) Campos que descrevem as substâncias utilizadas:
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As substâncias químicas são classificadas em grandes grupos |
Grupo químico I: é um campo de escolha que activa uma classificação grosseira das substâncias químicas frequentemente testadas; as escolhas são: hidrocarbonetos, metais, aminas, organofosfatos, carbamatos, ácidos orgânicos, álcoois, dioxinas, dibenzofuranos; policlorinatos bifenil, alquilobenzenos, fenóis, anilinas cloradas, cresóis, compostos do grupo azo, bipiridiis, etc;
Nome químico: campo de texto para identificação precisa da substância testada; Nome comum: campo de texto para o nome genérico ou comercial da substância testada; Grupo químico II: campo de escolha que activa uma classificação fina das substâncias testadas e presentemente constitui 18 grupos (ex: hidrocarbonetos alifáticos, hidrocarbonetos aromáticos, hidrocarbonetos aromáticos polinucleados, cloroetanos, clorobenzenos, piretróides, organoclorados, etc). Mais opções serão adicionadas com o crescimento da base de dados;
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O veículo é o líquido no qual a substância testada é diluída |
Veículo: é o campo de escolha para o líquido no qual a substância testada está diluída. As escolhas são: água, acetona, metanol, etanol, nenhum, outro. No caso outros, este é mencionado no campo Comentário;
Pureza I: é um campo numérico, que refere a pureza da substância testada em %; Pureza II: é um campo de escolha, que refere a pureza da substância testada, expressa pelas escolhas: reagente, técnica; prática; mistura (ver Comentários); formulação; outros (ver Comentários); Uso: campo de escolha que descreve a utilidade da substância testada; fármaco; aditivo alimentar; combustível; fluido dieléctrico; bactericida; fungicida; herbicida; insecticida; antibiótico, outra; (iii) Campos descrevendo as condições experimentais e resultados: Temperatura: campo numérico, com graus Celsius como unidade; pH: campo numérico para entradas sem unidades e variando entre 2 e 14; Salinidade: campo numérico para entradas variando entre 0 e 40‰; Oxigénio dissolvido: campo numérico para entradas em mg.l-1; Saturação O2: campo calculado, baseado nas entradas nos campos de oxigénio dissolvido, temperatura e salinidade; Alcalinidade: campo numérico, para entradas de CaCO3× l-1. Fluxo: campo de escolha que indica se o fluxo na câmara de testes foi ou não mantido; Velocidade de fluxo: campo numérico a ser preenchido quando o campo fluxo é "sim", com uma entrada em ml. hora-1;
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Os bioensaios são muitas vezes associados a stress |
Stress aplicado: campo de escolha que descreve outros stresses, que não a substância testada, ao qual o peixe pode estar exposto durante ou antes da experiência. As escolhas são: não especificado; temperatura (muito alta ou muito baixa para a espécie testada e similar para os outros stresses); fotoperíodo; alimentação; morte por falta de alimento; toxinas; hipoxia; hipercapnia; salinidade; pH alto; pH baixo; sedativos; transporte; outros stresses (a serem especificados no campo Comentários);
LC50: campo numérico apresentando o resultado da experiência e apresenta a informação chave desta tabela em mg.l-1; Tempo de exposição: campo numérico que específica o tempo ao qual o LC50 se aplica, em horas; Referência principal: campo numérico que dá a referência da qual o LC50 e a informação relacionada foi retirada; Comentários: campo de texto, que complementa a informação incluída nos parágrafos acima.
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Espera-se que com esta tabela se reduza a necessidade de mais experiências LC50 |
Esta tabela contém presentemente cerca de 1500 registos, de mais de 300 substâncias e envolvendo mais de 100 espécies testadas, extraídos de cerca de 200 referências (ver os gráficos acessíveis através do Menú Gráficos). Isto não é mais do que uma pequena fracção da informação disponível e planeia-se expandir a nossa cobertura, nomeadamente pela inclusão de registos citados em Ramamoorthy & Baddaloo (1995). Gostaríamos de receber a literatura que fala de espécies ou substâncias que aqui não estão referidas, toda a ajuda será bem-vinda. Espera-se que esta tabela venha a permitir generalizações que expliquem as diferentes susceptibilidades dos peixes a diferentes substâncias e assim reduzir a necessidade de mais experiências LC50.
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Como lá cheg |
Chega-se à tabela ECOTOXICOLOGIA clicando no botão Biologia na tabela ESPÉCIES, no botão Morfologia e Fisiologia da tabela BIOLOGIA, e no botão Ecotoxicologia na janela MORFOLOGIA E FISIOLOGIA. Se clicar duas vezes sobre umas das linhas na tabela ESTUDOS LC50 poderá obter informação sobre o estudo seleccionado.
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Referência |
Ramamoorthy, S. and E.G. Baddaloo. 1995. Handbook of chemical toxicity profiles of biological species. Vol. 1. Aquatic species. CRC Press, Boca Raton, Florida. 386 p. Cristina Bárcenas-Pazos |